
Como todo fim de ano simbólico, paramos para fazer uma retrospectiva dos acontecimentos gerais ao longo do ano sendo eles bons ou ruins, mas que fazem parte do que acrescentamos a nossas vidas. E assim despejamos expectativas. E mais expectativas.
Particularmente, conheci pessoas incríveis reforcei velhas amizades, vivi coisas novas, deixei coisas e pessoas fantásticas para trás... Talvez nem saibam que fizeram parte daquilo que realmente admiro, mas o que aprendi com as pessoas que cruzaram meu caminho é como ter aprendido a andar de bicicleta, ou ter aprendido a falar; Não irei esquecer concerteza, e ainda mais do que isso pretendo não “enferrujar”, daqui pra frente.
Diante disso sinto a necessidade de reforçar um impulso de reflexão lúdica nas essências dessas duas histórias a baixo que nos passam uma mensagem diária e verdadeiramente útil para contribuir com uma vida bem vivida.
Vale a pena compartilhar nessas mensagens o que também tanto aprendemos na prática, pois neste ano e, acredito que a cada ano isso se reforça mais e mais no exercício da convivência, refletindo na vida profissional, emocional, e claro prazerosa naquilo que praticamos e construímos diariamente com as pessoas.
A Fábula do Porco-espinho
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrerem congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
O Carpinteiro
Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar. Ele contou ao patrão sobre seus planos de deixar as atividades ligadas à construção de casas para aproveitar a vida ao lado de sua esposa e de seus familiares. Para ele, receber o salário daquele mês nem era mais importante. Ele queria apenas se aposentar. O patrão estava bastante chateado por estar perdendo um empregado exemplar. Mas, como um último e pessoal favor, pediu seu empenho na construção de apenas mais uma casa.
O velho carpinteiro concordou, mas no mesmo instante foi possível perceber que seu coração não estaria presente naquele trabalho. E assim, ele trabalhou com desleixo, usando, inclusive, materiais de má qualidade na obra. Foi uma forma infeliz de se encerrar uma carreira. Quando o carpinteiro concluiu seu trabalho, o patrão esteve no local para inspecionar a casa. Ele passou as chaves do imóvel para o carpinteiro e disse:
” Esta é a sua casa. É um presente meu para você.”
O carpinteiro ficou chocado! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente. Isto muitas vezes acontece com a gente. Nós construímos nossas vidas dia-a-dia, e em alguns momentos colocamos menos do que poderíamos em nossas obras. E subitamente percebemos que temos que viver naquela casa que construímos. Se fosse possível fazer tudo de novo, faríamos diferente. Mas o tempo não anda para trás. Todos nós somos carpinteiros.
Na construção da nossa vida, cada dia um prego é batido, uma tábua é ajeitada, uma parede é erguida.
“A vida é um projeto: faça você mesmo.”
Suas atitudes e escolhas de hoje irão construir a casa em que você viverá amanhã. Portanto, construa-a com consciência.
Façam, portanto que as suas comemorações de fim de ano sejam mais do que comemorações, mas que sejam também motivos para um início repleto dessas consciências.
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