quinta-feira, 22 de julho de 2010

É dois.

Os alunos da graduação em licenciatura de Artes Visuais pela Estácio, no campus Brooklin de São Paulo, estão há uma semana da volta às aulas. Para mim, existe uma sensação de estar continuando o curso em uma nova universidade. E seria melhor que todos se sentissem da mesma maneira.

Para minha turma, que iniciou o curso em 2009, tivemos 3 semestres turbulentos e polêmicos. Após uma reunião de emergência entre coordenadora de curso e representantes de turma durante as férias, ficou claro que a turbulência e a polêmica são cartas antigas da instituição, que foi comprada pelo grupo Estácio no fim de 2008. Desde então, alunos antigos e novos têm enfrentado os mais desagradáveis transtornos de sistema de dados e de relacionamento cliente-empresa.
Matrículas inexistentes, boletos atrasados, mudanças sem aviso prévio. Os responsáveis pelas dezenas de alunos do curso esqueciam desse contigente e tudo, até agora, só foi resolvido - ou não - através do pedido enfurecido desses alunos.
Poucos dias depois do início das férias de julho, recebemos a notificação de que três professores foram demitidos. Eram três professores muito queridos pelos alunos, o que causou choque e revolta de boa parte deles. Chegamos, então, na reunião de emergência em pleno descanso. O ocorrido despertou suspeita nos alunos, desde os motivos para tal decisão, como também, com quem estamos lidando. Os professores foram alvos de diversas reclamações na ouvidoria, segundo a coordenadora. Nenhum dos presentes na reunião entendeu como isso é possível. Minha turma também não. As maçãs podres se escondem... Ou não existem?
O conjunto da obra faz duvidar da índole e do trabalho dos 2 principais rostos que deveriam apoiar os alunos em meio a essa transição comercial: a diretora do campus e a coordenadora do curso. Quais suas intenções? Quais suas limitações?... Como tudo, até agora, foi dito com tanta facilidade e desfeito da mesma maneira, fica difícil pedir explicações às duas e acreditar no que for dito.
As turmas de Artes Visuais, no campus Brooklin da Estácio-SP, estão se unindo para reclamar formalmente sobre todos os danos causados até o presente momento. Acredito que a nossa intenção seja acabar com esse clima de corrupção e mal-estar, e não de prejudicar algo que nós mesmos integramos.

Por isso, quando digo que me sinto chegando em outra universidade, digo isso com receio e esperança. Receio de que o pior está planejado e assinado para acontecer; esperança, pois quero estar enganado e usar minhas forças para melhorar essa experiência, que é parte da minha vida.
Esse texto não foi feito para versões beta de Procon, reclamando com toda etiqueta de correspondência.
Esse é o desabafo de um aluno que deveria passar seu tempo lendo, estagiando e se divertindo, não colocando cabresto numa empresa de porte nacional.

4 comentários:

Noely disse...

Olá Andre.
Você colocou escrito aquilo que estou sentindo, e mais, traída, desconfiada, insatisfeita.
Tó com você até debaixo dágua.
Beijos
Noely

Unknown disse...

É exatamente isso,estamos na mesma. Agora permanece apenas a expectativa de como vai ser de agora pra frente na Estácio;Pois de alguma forma não podemos permitir que isso prejudique ainda mais nossas vidas.

Mônica dos Anjos - Artista Plástica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mônica dos Anjos - Artista Plástica disse...

Nossa! É tudo isso mesmo!!! Quando tinha visto a mensagem que falava sobre a demição dos três professores, tive até que reler para acreditar... Fiquei muito triste! Eu também estou com uma imensa expectativa desse segundo semestre! Que Deus Abençõe a todos!